terça-feira, 26 de maio de 2009

olha, recebi um prémio!

Recebi um miminho, de um Mimo Azul em forma de menina simpática que por um motivo qualquer resolveu passá-lo para mim. Eu não sou nada boa a receber estas coisas... Demorei imenso tempo a aceitá-lo.


Acho que agora é suposto dizer cinco coisas de que gosto. Escolher cinco das coisas que gosto é que é difícil, mas vamos lá tentar, sem hierarquias nem razões aparentes, deixar uma amostra.

Gosto mais do frio do que do calor. Prefiro o Inverno ao Verão, mas o solinho é bem vindo sim.

Gosto tanto da minha gata que até chega a doer (quando me morde, já que decididamente esta relação é pouco bilateral).

Gosto de fazer ronha na cama, com um bom livro, que me faça voar ou estarrecer e de preferência quentinha (olha aqui o Inverno a espreitar-me o olho).

Gosto de andar com a casa às costas. Ou seja, de decorar e redecorar, para passados dois meses cansar-me e fazer tudo de novo.

Gosto muito de gostar. De gostar de ser quem sou, de gostar de quem eu gosto, de gostar de viver, de sorrir, de rir à gargalhada quando tropeço, de gostar de chocolate e não me preocupar com a linha,... Enfim...

Podia também dizer que gosto de sapatos, mas é melhor não pensar muito nisso, porque a semana ainda agora começou e eu já comprei mais dois pares.

quero saber escrever outra vez!

Sempre li muito, desde pequena. Lembro-me de devorar os livros que recebia nos anos num ápice, ficando feliz por ter chegado ao fim da história, e triste, contando os dias para o Natal, quando ia receber mais livros. Fui crescendo com os livros sempre comigo. Feiras do livro? Ia a todas elas e trazia sempre sacos cheios. E ainda hoje não consigo passar um dia que seja sem ler.
Desde cedo, talvez por ler muito, (e agora sem falsas modéstias, por favor) eram raros os erros ortográficos que dava. Lembro-me de no 5º ano, em plena aula de Português, a professora perguntar em voz alta porque é que só a Laura é que não deu um erro que fosse no teste?, e a Sónia, uma colega que nunca mais vi, e que ainda imagino pequena e com 10 anos, respondeu baixinho porque a Laura lê muito. Nunca me esqueci disto, e até há pouco tempo seria das poucas memórias que guardava com carinho e orgulho também.
Tive três anos de Latim. Confesso que só escolhi a disciplina para fugir ao horário da tarde... Geografia só havia à tarde. E eu sempre preferi as aulas de manhã. Olhar para a pauta dos exames nacionais, três anos lectivos mais tarde, e descobrir um 17,4 em Latim foi como que ser invadida pela sensação de dever cumprido. Isto porque o Latim ajudou-me muito a aprofundar o vocabulário, a compreender a sua origem e a ser mais rápida que o J. a fazer analogias de palavras nos concursos do Malato.
E porque tanta basófia agora, então? Porque não sei o que é que se passa comigo nos últimos tempos. Eu que até concorria ao concurso nacional da Língua Portuguesa, chegando a estar lá sentadinha e tudo, não percebo porque é que agora me saem tão facilmente um "Sim" como um "Cim" ou um "Esperienciar" e um "Experienciar", como denotei, cheia de vergonha, num comentário meu deixado num blog. E porque é que tenho dúvidas entre "Excusado" e "Escusado". Continuo a saber que se o dia é cheio de sol, é "Soalheiro" e não solarengo (referente a Solar) e que o plural de molho (de comer) diz-se "môlhos" e não "mólhos", que esses só os de feno e os chaves. Também não me esqueci que o verbo haver não tem plural para que não HAJA dúvidas. Sei-o HÁ muito tempo. Mas estou cheia de vergonha com o meu "Esperienciar".
Desconfio que me rogaram uma praga e até sei quem foi... um empregado do McDonald's do Chiado:
Pedi o que tinha a pedir e depois lembrei-me que o J. gosta particularmente de molhos. Pedi então os "môlhos". O empregado, com idade para estar a estudar, brinda-me com o seu melhor sorriso de gozo e diz: "ahahaha! môlhos.... Mólhos...".
Confesso que o que lhe disse depois não foi bonito, mas já que estamos a exorcizar (ou exorcisar?) fantasmas respondi o seguinte: "é muito triste ser-se BURRO e ainda ter orgulho nisso."
É praga, só pode... Bem, tenho os livros do António Lobo Antunes em greve comigo. Não lhes posso pegar até voltar a conhecer a nossa Língua como deve ser.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

E a nossa Cultura empobreceu...


Faleceu ontem, João Bénard da Costa. Tenho o meu espírito de luto. E uma dúvida a martelar-me a cabeça desde que soube: a Cinemateca, tal como a conheço, terá morrido com ele também?

Eu não ando a ver bem!

Só pode....

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1382319

Estou eu aqui muito bem a ler as últimas deste nosso Portugalinho plantado à beira mar e deparo-me com isto.... num jornal de referência?

Ah, esperem, estou só a ser preconceituosa. E altamente preversa, pelos vistos.

domingo, 10 de maio de 2009

Do fim de semana passado...

O verde nas mãos...

A Melissa nova nos pés...

E a I. a conseguir finalmente tirar-nos uma foto sem que nos cortasse uma parte qualquer da nossa anatomia.


...ficou o sol e as gargalhadas. Fui com a minha amiga I. celebrar o regresso do calor e do Verão ao Jardim da Estrela. Na verdade, queríamos muito mais que isso. Queríamos também pavonear as Melissa novas que tivemos a audácia, quicá, petulância mesmo, de nos oferecermos a nós mesmas, em época de crise, de tostões contados ao cêntimo, e numa altura em que estamos - ambas - sem trabalho e sem perspectivas.
Toquei na relva, repleta de flores, com as mãos, para sentir-lhe a vida que faz tum-tum-tum em cada tom de verde. E comprovei por A + B que, decidamente, o sol faz maravilhas à pele e ao espírito. Hoje chove por aqui, tal como ontem choveu, e a I. já cá não está. Fez as malas e voltou para o Porto, para o meu amado Porto. Por isso, revi as fotos, ouvi as gargalhadas com os ouvidos das memórias bem passadas e não resisti em partilhar um pouco de mim desse dia.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Voltei!

Nunca um mês me pareceu tão comprido...
Foi a gata que me lixou o esquema todo. Foi esterilizada. Cirurgia de rotina, portanto. Mas muito mal feitinha, meus senhores, muito mal feitinha. Além de me ter doído o rombo na carteira ainda tive que desembolsar outros tantos euros para remediar a porcaria que fizeram à minha Bruma. E foram as noites mal dormidas para a vigiar, e foram os remédios com hora marcada, e foram as idas e vindas a um veterinário que fica atrás do sol posto, mas que tem como nome do meio Competência. E Devoção também. E com jeitinho, ainda lhe enfio no B.I., Amor. Mas não ganhei para o susto, isso garanto.
Agora avizinham-se tempos conturbados, na medida em que a queixazinha formal na OMV já está feita. E se me morresse a gata? Morria uma parte de mim com ela. Uma parte muito grande, pelo que percebi. É que eu nem fazia ideia...
Já nestá tudo bem, ou pelo menos, caminha a passos largos para tal. A Bruma já salta, já brinca, já morde (esta parte era perfeitamente escusada) e já faz birrinha de manhã como quem diz "levanta-te mas é, que o dia já nasceu e eu tenho mais que fazer do que te ver a dormir".

Obrigada a todos, principalmente à Hannah e à Miminho, que se mostraram tão atentas e preocupadas. Tenho visitas para por em dia e sobretudo... muita leitura!
Mas estou de volta, isso é mais que certo!