quarta-feira, 17 de junho de 2009

Questionário

Apliquei o questionário sobre mulheres, da Belota, ao meu namorado. Na verdade, fi-lo só para provar (ou melhor, confirmar) a mim mesma que ele não ouve metade daquilo que lhe digo. E digo metade, porque não passo 50% do nosso tempo juntos a falar de coisas de mulheres. Mas tinha curiosidade e... cá vai! Foi um fartote de rir!

Eu: Para que serve um blush?
J.: Então... err.... pois.... é maquilhagem... err....
Eu: Mas especifica!
J.: Err.... hummm... Então acho que é aquela coisa que vocês usam para terem as bochechas vermelhas. (pois....!)

Eu: Então e o que é um brushing?
J.: Essa eu sei! É fazer caracóis no cabelo.
Eu: É precisamente o contrário. É esticar o cabelo.
J.: Então porque é que não chamam as coisas pelos nomes? Se é alisar o cabelo porque é que chamam brushing?

Eu: Qual é a diferença entre um wonder-bra e um push-up bra?
J.: Wonder-bra não é para puxar para cima? O push-up bra deve ser para empurrar para baixo.
Eu: Empurrar para baixo? Mas quem é que quer empurrar para baixo?
J.: Sei lá! Pode dar jeito com certos vestidos.

Eu: Quais são os únicos sítios do corpo onde nenhuma mulher faz a depilação?
J.: No cabelo?

Eu: O nome de 4 métodos de depilação...
J.: Cera, aquelas bandas...
Eu: Isso também é cera!
J.: Pois, então... err... ah, já sei! Depilação francesa!
Eu: Manicure francesa!
J.: Ou isso... Gilette!

Eu: Com quantos homens uma mulher tem sexo, em média, durante toda a sua vida?
J.: As de agora ou as do tempo da minha mãe?
Eu: É uma média!
J.: Uma média não, que na altura da minha mãe, as mulheres só dormiam com um homem. Agora é que é com 20 ou 30.
Eu: Obrigadinha pela parte que me toca. Há um estudo que diz que a média é 7. E para a média ser 20 ou 30, havia por aí muitas mulheres a dormir com 100.
J.: E então?

Eu: E com quantas mulheres...?
J.: Uma ou duas!
Eu: Err... Pois!

Eu: De que é que as mulheres falam quando estão com outras mulheres?
J.: Cusquices.
Eu: Especifica.
J. Cusquices de todo o género.
Eu: Ah, ok!

Eu: O que é que uma mulher quer dizer quando conhece um homem e depois diz às amigas que ele é “simpático”?
J.: Gostou dele.
Eu: Geralmente é mais o contrário.
J.: Então porque é que não diz? Vocês são sempre complicadas...

Eu: O que é um pensinho diário?
J.: Os pensos que vocês usam para o período.
Eu: Nós não estamos com o período todos os dias. Se é diário....
J.: É diário para todos os dias que estão com o período.

Eu: O que significa SPM?
J: Sei lá! Sindroma Pré-Menstrual?

Eu: O nome de 3 revistas femininas...
J.: A Elle, a Caras e a Nova Gente.
Eu: A Caras e a Nova Gente não são revistas femininas, são revistas cor-de-rosa.
J.: Mas há algum homem que leia isso?
Eu: Há! O João Malheiro!

Eu: O que é o Sexo e a Cidade?
J.: É uma série, essa é fácil!

domingo, 14 de junho de 2009

Presente para quem ama os livros como eu!

Tinha uma paixão assolapada pelo amazon.com. Encontrava ali todos os meus sonhos de consumo, a preços bem simpáticos com os quais a Fnac não consegue competir. Com a vantagem de encontrar o que por aqui não há ou já houve e não vai haver. Tinha essa paixão assolapada, porque foi substituida. Chama-se Book Depository, o meu amor mais recente. E a verdade é que pareço uma maluquinha a procurar as obras que me interessam, como se estivesse na Zara em época de saldos. Há livros de todos os géneros, para todos os gostos e feitios, até edições raras. O envio é grátis para o mundo inteiro e os preços... uma maravilha! E em poucos dias, recebemos em casa o nosso exemplar.
Se já conhecem este antro de perdição, passem à frente. Se não, fica aqui o presente que vos deixo com carinho.

http://www.bookdepository.co.uk/
De regresso, após umas férias que me saberiam que nem ginjas se eu gostasse de ginjas. E só não digo que me souberam a arroz de pato, porque só de pensar em forno ligado, fico cheia de calor.
Nos entretantos, o avião da Air France caiu, houve eleições, a selecção jogou fraquinho e o Cristiano Ronaldo, pelos vistos, agora é do Real Madrid. Quanto às novidades pelos meus lados, a única coisa relevante a apontar é a rodagem da curta que começou na Sexta-feira e que anda a dar cabo do meu sistema nervoso. E é isto. Portugal continua no sítio, eu continuo no sítio, e o meu último post teve um boom de visitas que nunca todos os outros juntos tiveram. E porquê? Porque transmitir uma informação destas, que não foi veículada por um órgão de comunicação social, que pudesse atestar a sua veracidade, tem destas coisas. Suscita curiosidade e nada mais, porque ninguém acredita. A verdade é que eu não sou nenhuma autoridade, por isso ninguém tem que confiar em mim de olhos fechados. Entendo perfeitamente. E também podem continuar a pensar nisto como um mito urbano. Mas certo é que no decorrer desta minha pausa nas lides blogosféricas, conheci a irmã da miúda que diz ter sido atacada, e que me pôs ao corrente de mais pormenores. É um insulto para a irmã, que apanhou o maior cagaço da vida dela, não passar pelo menos a mensagem. Mesmo que a via mais fácil seja não acreditar.
A minha parte já fiz. Agora espero que o assunto fique por aqui.

terça-feira, 26 de maio de 2009

olha, recebi um prémio!

Recebi um miminho, de um Mimo Azul em forma de menina simpática que por um motivo qualquer resolveu passá-lo para mim. Eu não sou nada boa a receber estas coisas... Demorei imenso tempo a aceitá-lo.


Acho que agora é suposto dizer cinco coisas de que gosto. Escolher cinco das coisas que gosto é que é difícil, mas vamos lá tentar, sem hierarquias nem razões aparentes, deixar uma amostra.

Gosto mais do frio do que do calor. Prefiro o Inverno ao Verão, mas o solinho é bem vindo sim.

Gosto tanto da minha gata que até chega a doer (quando me morde, já que decididamente esta relação é pouco bilateral).

Gosto de fazer ronha na cama, com um bom livro, que me faça voar ou estarrecer e de preferência quentinha (olha aqui o Inverno a espreitar-me o olho).

Gosto de andar com a casa às costas. Ou seja, de decorar e redecorar, para passados dois meses cansar-me e fazer tudo de novo.

Gosto muito de gostar. De gostar de ser quem sou, de gostar de quem eu gosto, de gostar de viver, de sorrir, de rir à gargalhada quando tropeço, de gostar de chocolate e não me preocupar com a linha,... Enfim...

Podia também dizer que gosto de sapatos, mas é melhor não pensar muito nisso, porque a semana ainda agora começou e eu já comprei mais dois pares.

quero saber escrever outra vez!

Sempre li muito, desde pequena. Lembro-me de devorar os livros que recebia nos anos num ápice, ficando feliz por ter chegado ao fim da história, e triste, contando os dias para o Natal, quando ia receber mais livros. Fui crescendo com os livros sempre comigo. Feiras do livro? Ia a todas elas e trazia sempre sacos cheios. E ainda hoje não consigo passar um dia que seja sem ler.
Desde cedo, talvez por ler muito, (e agora sem falsas modéstias, por favor) eram raros os erros ortográficos que dava. Lembro-me de no 5º ano, em plena aula de Português, a professora perguntar em voz alta porque é que só a Laura é que não deu um erro que fosse no teste?, e a Sónia, uma colega que nunca mais vi, e que ainda imagino pequena e com 10 anos, respondeu baixinho porque a Laura lê muito. Nunca me esqueci disto, e até há pouco tempo seria das poucas memórias que guardava com carinho e orgulho também.
Tive três anos de Latim. Confesso que só escolhi a disciplina para fugir ao horário da tarde... Geografia só havia à tarde. E eu sempre preferi as aulas de manhã. Olhar para a pauta dos exames nacionais, três anos lectivos mais tarde, e descobrir um 17,4 em Latim foi como que ser invadida pela sensação de dever cumprido. Isto porque o Latim ajudou-me muito a aprofundar o vocabulário, a compreender a sua origem e a ser mais rápida que o J. a fazer analogias de palavras nos concursos do Malato.
E porque tanta basófia agora, então? Porque não sei o que é que se passa comigo nos últimos tempos. Eu que até concorria ao concurso nacional da Língua Portuguesa, chegando a estar lá sentadinha e tudo, não percebo porque é que agora me saem tão facilmente um "Sim" como um "Cim" ou um "Esperienciar" e um "Experienciar", como denotei, cheia de vergonha, num comentário meu deixado num blog. E porque é que tenho dúvidas entre "Excusado" e "Escusado". Continuo a saber que se o dia é cheio de sol, é "Soalheiro" e não solarengo (referente a Solar) e que o plural de molho (de comer) diz-se "môlhos" e não "mólhos", que esses só os de feno e os chaves. Também não me esqueci que o verbo haver não tem plural para que não HAJA dúvidas. Sei-o HÁ muito tempo. Mas estou cheia de vergonha com o meu "Esperienciar".
Desconfio que me rogaram uma praga e até sei quem foi... um empregado do McDonald's do Chiado:
Pedi o que tinha a pedir e depois lembrei-me que o J. gosta particularmente de molhos. Pedi então os "môlhos". O empregado, com idade para estar a estudar, brinda-me com o seu melhor sorriso de gozo e diz: "ahahaha! môlhos.... Mólhos...".
Confesso que o que lhe disse depois não foi bonito, mas já que estamos a exorcizar (ou exorcisar?) fantasmas respondi o seguinte: "é muito triste ser-se BURRO e ainda ter orgulho nisso."
É praga, só pode... Bem, tenho os livros do António Lobo Antunes em greve comigo. Não lhes posso pegar até voltar a conhecer a nossa Língua como deve ser.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

E a nossa Cultura empobreceu...


Faleceu ontem, João Bénard da Costa. Tenho o meu espírito de luto. E uma dúvida a martelar-me a cabeça desde que soube: a Cinemateca, tal como a conheço, terá morrido com ele também?

Eu não ando a ver bem!

Só pode....

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1382319

Estou eu aqui muito bem a ler as últimas deste nosso Portugalinho plantado à beira mar e deparo-me com isto.... num jornal de referência?

Ah, esperem, estou só a ser preconceituosa. E altamente preversa, pelos vistos.

domingo, 10 de maio de 2009

Do fim de semana passado...

O verde nas mãos...

A Melissa nova nos pés...

E a I. a conseguir finalmente tirar-nos uma foto sem que nos cortasse uma parte qualquer da nossa anatomia.


...ficou o sol e as gargalhadas. Fui com a minha amiga I. celebrar o regresso do calor e do Verão ao Jardim da Estrela. Na verdade, queríamos muito mais que isso. Queríamos também pavonear as Melissa novas que tivemos a audácia, quicá, petulância mesmo, de nos oferecermos a nós mesmas, em época de crise, de tostões contados ao cêntimo, e numa altura em que estamos - ambas - sem trabalho e sem perspectivas.
Toquei na relva, repleta de flores, com as mãos, para sentir-lhe a vida que faz tum-tum-tum em cada tom de verde. E comprovei por A + B que, decidamente, o sol faz maravilhas à pele e ao espírito. Hoje chove por aqui, tal como ontem choveu, e a I. já cá não está. Fez as malas e voltou para o Porto, para o meu amado Porto. Por isso, revi as fotos, ouvi as gargalhadas com os ouvidos das memórias bem passadas e não resisti em partilhar um pouco de mim desse dia.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Voltei!

Nunca um mês me pareceu tão comprido...
Foi a gata que me lixou o esquema todo. Foi esterilizada. Cirurgia de rotina, portanto. Mas muito mal feitinha, meus senhores, muito mal feitinha. Além de me ter doído o rombo na carteira ainda tive que desembolsar outros tantos euros para remediar a porcaria que fizeram à minha Bruma. E foram as noites mal dormidas para a vigiar, e foram os remédios com hora marcada, e foram as idas e vindas a um veterinário que fica atrás do sol posto, mas que tem como nome do meio Competência. E Devoção também. E com jeitinho, ainda lhe enfio no B.I., Amor. Mas não ganhei para o susto, isso garanto.
Agora avizinham-se tempos conturbados, na medida em que a queixazinha formal na OMV já está feita. E se me morresse a gata? Morria uma parte de mim com ela. Uma parte muito grande, pelo que percebi. É que eu nem fazia ideia...
Já nestá tudo bem, ou pelo menos, caminha a passos largos para tal. A Bruma já salta, já brinca, já morde (esta parte era perfeitamente escusada) e já faz birrinha de manhã como quem diz "levanta-te mas é, que o dia já nasceu e eu tenho mais que fazer do que te ver a dormir".

Obrigada a todos, principalmente à Hannah e à Miminho, que se mostraram tão atentas e preocupadas. Tenho visitas para por em dia e sobretudo... muita leitura!
Mas estou de volta, isso é mais que certo!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Mais Invejada!

Confesso que, quando há um mês tive conhecimento desta iniciativa, fui assaltada por uma certa estranheza. E nem vou discorrer sobre a certeza científica que o sexo feminino traz nos genes uma certa propensão para a inveja. A inveja é coisa feia, meus senhores, e tenho muito orgulho por não ser invejosa. Sempre fiquei feliz com o sucesso daqueles que me eram mais próximos, ainda que, comparativamente, esse sucesso fosse sobejamente maior que o meu. Nunca senti inveja de uma amiga por ter tido melhor nota a Filosofia, do que eu, mas sei, senti que o contrário, já aconteceu, e não foi agradável. Também nunca senti inveja por haver namorados melhores que o meu, mas para mim, o meu namorado é o melhor do mundo. No entanto, já houve quem me invejasse por simplesmente ter uma pessoa ao meu lado há já tantos anos, que me ama, e é profundamente correspondida.
Por todos estes motivos, A Mais Invejada causou-me, no mínimo, desconforto. Mas talvez o problema aqui foi a escolha da palavra. Preferia que fosse A Mais Admirada Por Aquilo Que É, Por Aquilo Que Faz E Pela Marca Que Deixa A Cada Passo. Sim, uma nomeação demasiadamente grande, mas no fundo, A Mais Invejada acaba por ser isso tudo e mais alguma coisa ainda.
Já sairam as nomeadas. Sete mulheres invejadas por milhões. Haverá com toda a certeza muitas outras mais. Talvez até estejam ao nosso lado, talvez andem connosco em transportes públicos, talvez até nem sejam tão bonitas como as oficiais. Mas são estas sete e aceitam-se.
Admiro a Catarina Furtado. Imenso. É das mulheres mais bonitas do nosso país, mesmo sem maquilhagem. É inteligente até ao tutano. É altruísta. É empresária e empreendedora. É um grande exemplo de mulher. Não a invejo, mas admiro-a. Admiro também a Simone. Mais ainda, respeito-a por ser a Senhora que é. Por ter vencido uma doença terrível com uma coragem de leão, mas que minou o envelpe que guarda o conteúdo que é. Por ter dado voz a tantas mulheres que lutam para matar o cancro e que nem sempre foram bem sucedidas. Admiro a Pipoca. Leio-a de vez em quando e gosto. E admiro-a por estar nomeada, porque no fundo representa todas as mulheres normais. Que de tão normais, têm defeitos, choram e riem, são inseguras mas reerguem-se a cada tombo no chão.
Das outras não falo, porque embora possam ser invejadas (quem não terá um bocadinho de inveja do corpinho da Cláudia Vieira?), na minha opinião não estão no meu patamar pessoal de objecto de admiração. Gostaria de poder votar nas três acima. E qualquer uma delas poderá ganhar, que eu fico feliz. A dificuldade está na escolha.

segunda-feira, 30 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

[#2 - Lembra-me]

Sou daquelas pessoas...

...que gosta dos pormenores. Das coisas pequenas que ninguém vê. De um embrulho com fita de cetim, por exemplo. De um bilhete escondido na agenda num dia ao calhas. Gosto particularmente dos cheiros e de dar um cheiro aos sentimentos. Gosto de fazer surpresas. Gosto que mas façam, mas nunca conseguem. Gosto de pormenores.
Faltam 4 dias para o meu aniversário. É uma segunda-feira, logo, aí está um pormenor de que não gosto nada. Às segundas, toda a gente ressaca do Domingo, que foi passado a ressacar do Sábado. E no dia seguinte, toda a gente trabalha, por isso, não vai haver jantar para ninguém. No dia 30 não vou receber presentes-surpresa, de que gosto tanto, mesmo que seja um só chocolate. Tenho um fondue vermelho, na mesa, por montar, um vestido vermelho, no cabide, por estrear, umas Melissa do meu irmão que fez questão de se descair, e o pinky pink por onde vos escrevo há quase uma semana. Não vou ter bolinho nem velas para apagar. Nem vou ter os amigos e os pais à minha volta para me apaparicar.
É feio reclamar de barriga cheia, não é? Mas eu só queria uma surpresa. Um embrulho para rasgar. Um sorriso em forma de olhos brilhantes. Um abraço apertadinho. Pois... Mas pelos vistos, não vou ter.
...E estou triste.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Ainda em relação ao Cilinho Baptista...

...que conste que, embora eu tenha manifestado um desejo singular e... vá... forte, que o senhor em questão sofresse um assalto pelas traseiras, não uma, mas duas vezes, devido à pouca vergonha do já gasto assunto do erro de arbitragem que levou a que o meu Sportem ficasse a ver navios, repudio manifestamente esses animais que resolveram enviar via e-mail (vivam as tecnologias!) o desejo profundo de o ver num caixão num futuro próximo. E mais acrescento que andar para a frente é que é, e que o universo tem muita força. Para ser sincera, ainda não perdi a esperança de o ver a arbitrar um jogo qualquer com um andar estranho. Isso sim, dar-me-ia o sentido de justiça.

terça-feira, 24 de março de 2009

Desta tarde...


Há coisas que me fazem sorrir. Não por serem necessariamente cómicas, ou enternecedoras, ou comoventes, ou outra coisa qualquer. Há coisas que me fazem sorrir só porque sim. Porque me batem à porta do lado esquerdo do peito.
Caía a noite. Nas ruas de Lisboa, vultos acotovelavam-se, numa corrida para ver quem chega primeiro a casa. E eu passeio no passeio, com passos de bailarina, porque não tenho pressa. Vou passando os olhos nas nuvens que hoje parecem-me ainda mais bonitas. Despeço-me do sol, que me acena atrás delas. E sonho um dia poder tocar no céu, onde elas vivem.
De repente, fixo o olhar num ponto elevado, para onde já ninguém olha, porque não passa de uma dor de cabeça. O Tejo precisa de obras. Não pode esperar mais, parece. E as pessoas desesperam. Olho para os homens que ainda trabalham, ainda que tenham pressa de chegar a casa. Que trabalham onde ninguém quer, mas ainda assim, trabalham, porque o Tejo não pode esperar. Olho para eles e sorrio. Só porque sim. Porque me bateram à porta do lado esquerdo do peito.

Hoje invejei estes homens. Gostava de um dia poder tocar no céu. Assim.

segunda-feira, 23 de março de 2009

[#1 - Lembra-me]


Recadinho ao Sr. Lucílio e a todos os Lampiões que se riem neste momento...

...ide todos levar no real traseiro, sim?

Estou para ver o que é que os quatro totós da Tertúlia Benfiquista (Corto Maltese, desculpa aí qualquer coisinha, que eu até vou à bola contigo) vão dizer na Benfas TV. "Ah e tal, é para compensar as vezes que fomos roubados!". Até já lhes consigo adivinhar o pensamento, ou não fossem tão previsíveis, os doentes. E eu digo-vos, meus alarves queridos, que quando são roubados dói, não dói? Mas devia doer igual levar uma taça roubada e ainda ter a lata de festejar.
Se quiserem subir na minha consideração, mudem de argumento, sim?
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Em relação ao pedido de desculpas do Cilinho, vai levar no cu duas vezes, com esse pedido!

Ai, o Mourinho...

Hoje seria um bom dia...


...para estar com o meu amor. Não está sol, mas não se trabalha, por isso, é como ter mil sóis a brilhar só para mim. Para melhorar a coisa, o meu amor também estaria de folga se... se não fosse pelo sacana do Mourinho e o seu Doutoramento Honoris Causa. Agora lá está ele (agora que é como quem diz, desde as 7h30), a sufocar de calor e a respirar o ar expelido por 150 jornalistas do mundo inteiro. E eu sozinha com a gata, que para variar, está com o cio outra vez. Merda para o Mourinho. Ao menos que eu estivesse lá também para (com)provar o estilo charmant do Special One. E agora que penso nisso, quero lá saber do calor, e dos 150 jornalistas, e dos mil sóis que brilham para mim, porque hoje não se trabalha. Já devia era lá estar. Nem que fosse para dar aguinha ao Zé Mário.

domingo, 22 de março de 2009

E eis que...


...hoje ainda é 22, faltam 8 dias para a efeméride, e este menino já cá canta! Obrigada, pai!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Google Analytics

Desde que aderi a esta coisa, e embora ainda esteja a tentar perceber bem como é que a tal coisa funciona, tenho divertido a carcaça com algumas das proveniências das minhas queridas visitas. Mas nunca, nunca antes me tinha aparecido alguém que aqui chegasse com a simples frase: "simpatias para homem demora agozar ".
Eu não sou bruxa, por isso, não sei nenhuma simpatia que faça "homem gozar". Sei outras coisas, que não envolvem simpatias, mas que até serão simpáticas se o intuito for fazer o "homem gozar"(coisa que ficará para outro post). Além disso, acho que tão pouco alguma vez referi algo semelhante a que fosse possível alguém do outro lado do mundo vir cá dar assim.
Mas como eu sou "simpática" e não quero que vos falte nada, se querem ver o vosso "homem gozar", podem simplesmente aplicar uma máscara caseira à base de abacate, mel e gema de ovo, na cara, e esperar pelo gozo, que em princípio não vai demorar. Isto se o homem não morrer de susto antes, mas vocês lá sabem o que têm em casa.

Dica Doméstica

Lavar uma panela, um prato, ou qualquer recipiente de cozinha que ficou esquecido por um mês ou mais, num sítio que vocês nunca se lembrariam de visitar, a menos que o cheiro incomodasse ao ponto de não conseguirem conviver, é terrível. Se vocês são daqueles que pegam no recipente e sem cerimónia nenhuma, mandam-no para o lixo, esta dica veio mesmo a calhar. Porque os tempos são de crise, e como a crise se instalou desde que D. João II morreu e não deixou sucessor à altura, temos de poupar. E a vossa amiguinha descobriu a solução ontem e não quis deixar de partilhá-la convosco.
Ora bem, para lavar esse nojo, preparem-se para apertar o nariz com uma mola. Pode doer um bocadinho no início, mas é daquelas coisas que tem mesmo de ser (como ir à depilação: doi, mas é por um valor mais alto (a)levantado, por isso vale a pena). Depois, juntam uma boa dose de raiva (por variadíssimos motivos, e cada um encontrará o seu - no meu caso, foi uma discussão com o homem cá de casa, que me tira do sério de vez em quando) e toca a puxar o lustro à coisa. Em menos de nada, o recipiente está limpo e a brilhar, de tal forma que conseguirão ver que a vossa face cheia de linhas de irritação, acabou por diluir-se na água e ficarão tão satisfeitos com o resultado que quase (atenção que eu disse quase) esquecerão o motivo pelo qual vos fez lavar aquela merda como se não houvesse amanhã.
Se forem do género limpinho, que não deixa nem um garfo do jantar para lavar ao pequeno almoço, na melhor das hipóteses, e ao jantar do dia seguinte, na pior, também tenho a solução: É deixar um recepiente sujo escondido do vosso campo de visão e de odor (sugiro a gaveta que alguns fogões têm), para momentos em que é amplamente necessário que, ao invés de destilarem raiva nos bibelots, ou no gato, serão canalizados para a panela nojenta.
No entanto, se vós fordes daquele tipo de paz de alma que não se azucrina com nada, só tenho uma coisa a dizer: bilhete directo, e sem escala, para o céu. Como eu sei que, das duas, uma, ou vou arder no inferno, pelo meu feitio tempestuoso (ou não fosse eu Carneiro), ou passarei largos tempos no purgatório, sendo motivo para diversas reuniões entre aqueles de direito, para decidir se a minha alma terá ou não salvação, tenho a certeza de que esta solução é óptima para mim.
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NB - O pomo da discórdia foi precisamente a louça que havia por lavar, coisa instituída e votada democraticamente, assente na Constituição Doméstica do Lar, em que o deputado Male faltou com os deveres (um dos poucos, no que toca à labuta da casa) para os quais foi investido e declarado, tendo o deputado Female ficado com trabalho a dobrar, comme il faut. A gata, representante do povo, sem direito a voto, senão nas eleições, resolveu manifestar-se à sua maneira, e esta noite dormiu, apenas e só, aos pés do deputado Female, e nem deu o beijinho de boa noite ao deputado Male. Está bem educada, está pois... É mulher e está tudo dito!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ontem tive vergonha de dizer que sou do Sporting. Engraçado, engraçado é que hoje continuo a ter vergonha.

terça-feira, 10 de março de 2009

Adeus!


A sério. Preciso de um computador novo. Este aqui está tão velhinho, tão velhinho que os movimentos tornam-se, a cada dia que passa, mais lentos. De vez em quando, apaga-se. Desliga. Puff! Assim, do nada. Além disso, o meu computador não é fininho como os que agora se vêem por aí. É mais para o grosso. Metabolismo lento, eu diria. Problemas de idade.
No entanto, tenho um carinho especial por ele. Por cada botão, por cada tecla, pela cor, já meia deslavada. Tenho um carinho especial por ainda ser XP, e não Vista, que é uma coisa que, de tão seca, só me apetece esganar (sempre a perguntar se eu tenho mesmo a certeza que quero fazer o que pedi). Tenho um carinho especial por me ter acompanhado tantas vezes à faculdade, por ter viajado tantas vezes comigo de avião, ainda no tempo em que não pediam para abrir a mala para confirmar se é, de facto, um computador que transportamos numa mala de computador. Por guardar tanta foto, tanta música, tanta merda que eu nem sei para que é que guardo, mas está lá, enfim...
Mas é um facto, está velhinho e começa com os achaques. Há uns dias reparei que anda a gaguejar o E. E chateia escrever palavras amputadas de E. E chateia mais ainda só reparar nisso depois, e ter que andar a emendar tudo. E por incrível que pareça, deixa-me ainda mais chateada perceber que a nossa Língua está cravejada de E's, e agora que penso nisso, até o meu nome completo tem dois. Mas o do meu irmão tem quatro.
Tenho um computador velhinho, gasto pelo tempo, gasto de E e gasto de cansaço. Tenho para mim que a próxima letra a pedir clemência será o A. E, meus amigos, teclado cansado de E e de A não pode ser.
Preciso de outro. Urgentemente.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Serei só eu?

Antes de relatar pormenorizadamente a semana que passou, pelas minhas bandas, alguma alminha caridosa explicar-me-ia porque raio os jogadores da bola têm a... vá!, a tendência de falar na 3ª pessoa do Singular, quando se referem aos próprios?
Ó Miguelinho, eu que até gosto de ti (mais por obrigação clubística), que até tens uma fronha engraçada, embora denote aí um ou outro traço feminino, e porque entendo perfeitamente que faltar aos treinos para ir ao cabeleireiro pintar as raízes, é um motivo mais que justo, tenho uma perguntinha para t fazr: porque é que agora te deu para falar à Jardel? Eu que estava de costas para a TV, pensei cá com os meus botões: olha, o empresário do Miguel Veloso tem a voz igualzinha à dele, e depois vi que não, que eras tu...
Não fica bonito, Miguelinho. Acredita na minha pessoa, que a Laura é que sabe.

O relato fica para depois, sim?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Coisas do Arco da Velha

Hoje é Domingo. Não é, mas é como se fosse. Tirei o dia para limpar e arrumar a casa como deve ser, por isso bafejar o dia soalheiro só pela janela quando estender a roupa. No entanto, saí de casa há bocado para comprar tabaco. Estou a reduzir (cigarrinho só depois das refeições, sendo que em muitos dias nem isso) mas apetecia-me fumar e não havia nada em casa. Indumentária: vestido cinzento, collants e as Melissa novas que afinal não foi nenhuma das que pedi, mas são giríssimas e - maravilha - servem-me! Maquilhagem, nem vê-la, só um brilhozinho nos lábios para compor. Afinal, ia só até ao café da esquina, onde bebo a bica diariamente desde há 4 anos, quando me mudei para cá, e onde já comprei maços de tabaco suficientes que em Euros dava para ir até Nova Iorque e ficar instalada no Hilton durante uma semana.
Peço o que tenho a pedir e do outro lado do balcão, a velhota responde-me:
- Tu tens 18 anos?
Toda eu corei. Se tenho 18 anos? Tenho 24, quase, quase nos 25. Noutras alturas, talvez daqui a 20 anos, se me tirarem 10 fico feliz, mas não quando quero comprar tabaco e não tenho o BI comigo, já que saí de casa SÓ para comprar tabaco.
- Nasci em '84, minha senhora, já tenho 18 anos, pelas minhas contas, há quase 7.
- Não me parece que tenhas 18 anos, e não te posso vender tabaco.
Fosga-se, já passei pela Universidade, já saí, já trabalhei numa data de sítios, vivo sozinha há 7 anos, fumo desde os 18 (curioso, no mínimo), já joguei em Casinos só pela piada, mas não achei piada nenhuma em si, e agora este dinossauro não me quer vender tabaco porque duvida da minha idade cronológica?? Ainda se fosse pela mental, aí tenho de reconhecer, muitas vezes pareço uma miúda de 5 anos, e outras vezes uma velha da idade dela, mas não, segundo o Registo Civil, tenho 24 anos, a completar 25 no fim deste mês, por isso, dê-me lá o tabaco e não se fala mais disso.
- Oh (i)Ana, anda cá! Esta menina não tem 18 anos pois não?
- as velhas do café todas a olhar para mim, como se eu fosse uma criminosa e a qualquer momento pudesse barricar-me lá dentro, usando as suas carcaças como reféns e moeda de troca (por tabaco) -
- Não parece ter, não senhora...
- Está bem, vou comprar a outro sítio...
- Vá, vá, diz lá qual é o tabaco...
O tom condescendente foi fofinho (afinal sempre era para vender alguma coisa). O tratar por tu, foi nota máxima como quem diz: "Não acredito em ti, tens 15 anos, queres engrominar aqui a velhota, e ainda por cima com uma merda que faz tão mal e que vai acabar por te matar", mas eu só queria o tabaco.
No fundo, deveria ter interpretado isto como sendo um sinal. Não é suposto eu estar a deixar? Devia ter ido para casa. Mas não... Assim que chego à rua, acendo um cigarro e nunca uma merda daquelas me soube tão bem...

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O porquê de ser humanamente impossível confiarmos nos homens *

O meu irmão foi ao Rio. O de Janeiro, esse mesmo. O meu irmão, que aos 4 anos mascarou-se de palhaço e não gostou da fatiota, tendo como resultado meia dúzia de fotos com a fronha (cara, entenda-se) cheia de lágrimas, foi ao Rio. O meu irmão que não gostava nem um bocadinho de Carnaval, foi ao sambódromo dançar e ver dançar.

Antes que pensem que estou verde de inveja, tenho a dizer que não, pelo contrário. Fiquei muito feliz com esta oportunidade vinda do céu e sem ninguém esperar, de ter quem me trouxesse umas Melissas da nova colecção, que se, SE, vier para Portugal, só para o ano e a preços que, valha-me N. S. dos Sapatos de Plástico, não abonam muito a favor. Como só me deu a epifânia já o menino dançava no calçadão de Copacabana, enviei-lhe um mail extremamente detalhado de quais os modelos que gostaria que ele me trouxesse (dei-lhe liberdade para escolher um ou mais) e com fotos a ilustrar e que passo a partilhar convosco:
Esta:
Esta aqui:
Ainda esta:
E finalmente esta, que está na minha whislist de sempre:



Ora bem, tal como podem vocês observar, não só deixo cores como o número do meu pezinho delicado. Tive o cuidado de transpor a numeração europeia para a congénere brasileira, não fosse o meu maninho trazer-me um modelo enorme. Mas a coisa correu mal desde o início. Disse-me o mano que a colecção nova só estará nas lojas em Março. Eu não poderia ter uma "sorte" mais cabra. Março é amanhã. Podiam abrir a excepção aqui à je. Tive que engolir em seco, procurar outros modelos e mandar novas fotos, devidamente legendadas e esperar com o coração aos pulos, pelo meu pedido.
Sabendo que o diabrete está cá desde 5ª feira e não me diz "água vai, água vem", tento com todos os recursos de esforço que há no mercado, controlar a curiosidade, a ansiedade de saber se mas trouxe ou não. Hoje não aguentei. Encontrei-o no MSN (é fofinho os manos falarem-se via MSN em vez de se encontrarem pessoalmente, não é?) e encostei-o à parede do ecran. Trouxeste? Népia. Disfarço a raiva com um, ooh, está bem, e só me apetece é ganir. Do outro lado recebo um "ahah!". E as esperanças voltam ao de cima num turbilhão de emoções (agora com a curiosidade a comandar as hostes). Qual é? Isso agora..., responde. Eu, na minha ingenuidade, penso que o meu irmão não deverá saber de cor os nomes dos modelos. Mais uma vez, está a gozar comigo, porque quando lhe pergunto a cor, dá-me resposta igual.
De repente pergunta-me: Qual é o teu número europeu? E eu, 37 mas em Melissa 38 senão magoam-me. Do outro lado: Fod*-se! Comprei 37. Não me lembrava do teu número.
Conclusão: Era só o que faltava agora, depois disto tudo, ter umas Melissas giríssimas que não me servem por um pentelhésimo. Com licença, que eu vou ali limar os dedos dos pés e já volto.

* Ou a frustração desmedida por ter
assinalado em tudo o que era sítio o
número do pé da princesa, e mesmo assim,
o estupor ter conseguido falhar...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ode à minha gata


Há uns meses, nunca pensei dizer que estou apaixonada. Nunca gostei muito de gatos, preferia os cães, embora nunca tenha tido nenhum. Os meus pais sempre foram contra a ideia de manter num apartamento, ainda que não muito pequeno, um animal de quatro patas, que precisava de correr e de brincar, para se desenvolver convenientemente. Mas gatos, não. Nunca. Sempre achei que fossem bichos traiçoeiros, que não interagiam com os donos, donos supremos de uma independência maior que o tamanho deles.

Mas isso era dantes, quando ainda não conhecia a Bruma. Apaixonei-me pelo seu olhar doce, mas triste, que adivinhava uma vida difícil para o seu meio quilo de peso. Abandonada pela mãe, livrou-se de uma morte certa, quando foi descoberta por uma pessoa maravilhosa que tenho a sorte de ter por amiga, que conheci, quando resolvi adoptá-la. Estava doente, mas foi tratada convenientemente. Lembro-me da tarde em que fui a casa da R. conhecer o meu bebé. Arrastei o J. que tinha uma posição ambivalente (também nunca achara muita piada a gatos) e ficámos rendidos. Duas semanas depois, estava já a correr e a saltar no nosso tímido T1 e posso afiançar, estava feliz.
A Bruminha é uma gata que conquista toda a gente, até os meus pais, que sempre foram contra. Brinca com tudo e com todos, morde como quem dá beijinhos, faz sprints fantásticos, que envergonhariam qualquer altleta olímpico e à noite, dorme aos meus pés, ou nas pernas, ou na barriga. Mas dorme sempre comigo. Tem uma personalidade forte, fica amuada se não tem atenção e verdade, verdadinha, só lhe falta falar. Já me lambeu as lágrimas para me consolar e já tentou proteger-me de algum pesadelo.
E vê-la crescer? Todos os dias é um novo dia, cheio de aprendizagem, sempre capaz de nos surpreender, de nos colocar um sorriso na cara. Já me partiu coisas que eu adorava - que raiva! - e hoje em dia, sei que não posso ter tudo aquilo que gostaria à mão, porque muito provavelmente será roído. Deixou a árvore de Natal ao chão várias vezes, mas a irritação passou-me. Tenho despesas ao fim do mês que não tinha - a comida é da melhor que há - e vejo-me agora a passear nos corredores dos animais, no supermercado, à procura de um brinquedo para ela.
Ir ao veterinário é um suplício para mim e tenho a certeza de que me dói muito mais, do que a ela. Recentemente esteve com o cio, mas vai ser esterilizada.

Agora que escrevo este post, vejo-a a dormir no sofá, aninhada entre a manta e uma almofada. Ouço-a a respirar e sorrio. Estou sozinha em casa e não poderia ter melhor companhia.
Hoje percebo todas as minhas amigas, a quem um dia apelidei para comigo de fanáticas. É um facto. Estou apaixonada pela minha gata.
Se há coisa que me irrita, que me tira do sério, que me põe com vontade de dar um estalo a alguém que eu até sei exactamente quem, é o Jornal da Noite de 6ª Feira, apresentado pela Manela Boca Guedes. Que raio é isto, meu Deus? Alguma coisa há-de ser, menos jornalismo, com certeza.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Do meu Carnaval...

...restou a maquilhagem que não tirei da cara antes de ir dormir (crime!) e umas quantas fotos que vou usar quando precisar de coagir umas certas pessoas (infelizmente a decência e o bom senso impedem-me de deixar aqui alguns desses registos).
Não fui para a Comuna coisíssima nenhuma. Fomos jantar a casa do X., que é a modos que, o headquarters do bando, nas horas que antecedem uma saída. Meia dúzia de mascarados, uns melhores, outros piores, minutos de contemplação - de auto-contemplação, entenda-se - copinho ou cerveja na mão e o género masculino refastelado no sofá a jogar PES. Basicamente, uma noite igual a tantas outras, com a única diferença de o fazerem com indumentárias que não trajariam em ocasiões normais. Jantar, mais mascarados, mais copos e os joguinhos do costume - os tais do género, perdes-bebes. O meu J. que agora que é um homem "casado", deixou-se das doideiras de antigamente e a verdade, meus caros, é que já não aguenta o álcool como dantes. Pena. É uma pena, sim senhor, ou não haveria tanta foto a documentar o comportamento animal do meu amorzinho.
Por volta da 1h30, depois de tentarmos arrastar os resistentes jogadores do "perdes-bebes", fomos para o Teatro da Comuna. Para nosso espanto e meu contentamento, não havia filas nenhumas. Eu e os meus pés quase chorámos de alegria. Quando alguém iluminado resolve sair-se com esta: "se não há filas é sinal que isto aqui está uma grande merda!". Excuse me? Não percebi, caríssimo. Então quando chegamos cá das outras vezes e há uma fila tão grande que chega à Av de Berna és o primeiro a dizer: "isto com esta fila está uma grande merda", e agora que o povo resolveu entrar todo antes de nós para nos poupar a dureza da espera, tu queres ir embora?
Vai uma conversação de meia hora, para discutir as alternativas. (E a je a segurar o namorado bêbado, que só tinha vontade de dar tiros com a minha espingarda, além de me tirar o chapéu 200 mil vezes.) Fábrica de Braço de Prata? (E a je a segurar o namorado bêbado que se divertia em expelir aquele arzinho aromatizado a taberna para a cara.) Torres? Torres?! A esta hora? (E a je a segurar o namorado bêbado que resolvera enfiar os dedinhos nos meus ouvidos.)
Hoje sei que a alternativa foi o Lux. Não fomos. O J. adormeceu profundamente depois de ter ido andar de escorrega no parque infantil aqui perto de casa e depois de ter mijado o chão da casa de banho (não acertou o alvo, diz-me ele. Sacana!).
Hoje de manhã já era outro dia. Felizmente.

The Visitor


Hoje foi dia de ir ao cinema, que já não fazia há uns dias. Desta feita, escolhemos este.

Só tenho uma coisa a dizer: há muito que não via um filme com uma história de amor e devoção ao outro tão grande, que chega a meter raiva o facto de ser praticamente impossível controlar a lagrimita.
Recomendo. Vivamente. Mas mudava o fim.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cara lavada

Depois de várias tentativas, lavei a cara ao blog e agora sim, posso dizer: está mesmo a minha cara!
Agora, vou sair de fininho, vestir a roupa de cowgirl e buga para a Comuna com o pessoal.
Divirtam-se todos e ... Bom Carnaval!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Hoje só tenho uma coisa a dizer:

AH GANDA SPOOOORTING!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

[#5 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]




Bem, continuando a listinha de coisas que eu gostaria assim muuuuuito de receber no dia do meu aniversário, ponho aqui dois itens que fariam a je muito muito feliz. Um era o notebook da LG cor de rosinha. Para levar para todo o lado, para escrever as 847850589536743 coisas que tenho para escrever, para estudar, enfim... Para tanta coisa! E um Disco Externo a condizer também caía bem.
Quem disse que as mulheres não gostavam de gadgets cor-de-rosa não me conhecia.

Actualidade

Faz-me assim uma comichão pequenina mas irritante, num sítio que vocês não vão querer saber, o facto de esta sociedade pseudo-moralista em que vivemos, ser tão hipócrita, tão hipócrita, que por ter a mania de se meter na felicidade dos outros, recorre a referendos que não vão mudar absolutamente nada. Foi assim que me senti ao ver o Prós e Contras. Com uma comichaozinha. Que passou rapidamente a comichão do tamanho do mundo, quando ouvi na assistência, alguém sem microfone referir-se aos homossexuais como anormais. Anormal é a maezinha dele, que não soube dar-lhe educação nenhuma. E o que mais me choca é ter quase a certeza de que essa pérola foi vomitada por um anormal da minha geração.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta-feira 13



O meu dia dos namorados, que eu queria tanto gozar hoje, só para ser do contra, começou da "melhor" maneira possível, à boa maneira de Sexta feira 13: esta beleza que vocês vêem aqui, está com o cio. Começou a contorcer-se ontem à noite e a arrastar-se pelo chão, e o meu coração de dona disparou: a gata está doente, só pode. E só pode ser pelo pão de leite INTEIRO que a desgraçada resolveu comer nas minhas costas. Vai de fazer-lhe uma massagem na barriga, que não sabia sequer se faria efeito e os espasmos continuavam. Corremos para a net, procurámos veterinário aqui perto de casa, e demos com uma Drª Vanessa que além de ser uma simpatia, conseguiu fazer o diagnóstico por telefone: Cio.
A minha gata já não é uma menina, é uma mulher, e da maneira como se pôs virada, o J. ainda disse: Ela gosta é de canzana. Idiota. Estúpido. Parvalhão.
Nunca tal me passou pela cabeça. Não miou, nem mia de maneira diferente, tal como li algures, e só se mostrou um bocadinho mais agressiva do que já era: a minha gata tem a mania peculiar de brincar à dentada e às vezes magoa.
O que é certo é que o dia começou no consultório da Drª Vanessa. E vai de dar 40 euros para a coisa. Vacina, desparasitante, consulta e promessa de visita breve.
Certo é que tenho uma coisa aqui dentro que não sei explicar. A gata já não é gatinha. O saco da comida da Purina vai ter cor diferente brevemente. E tudo indica que já não tenho bebé em casa. Ou melhor, tenho, mas esse tem pelos e faz a barba todos os dias. Acho que é isto que as mães sentem quando os filhos lhes dizem que têm namorada. Sentem que estão a crescer. E não é uma sensação muito agradável, não senhor.
Quanto ao dia dos namorados, passou para amanhã. Tal como deveria ser.
Sinto-me contrariada...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estou com uma dúvida...

...acerca do João Malheiro.
Como é que é possível alguém comentar tão bem o que quer que seja relativamente ao Benfica e conseguir comentar tão bem o vestido que a Lili Caneças levou à última festa?

Dias de Calendário


Amanhã é Sexta-feira, dia 13. Véspera do dia dos namorados. E como é um dia em que supostamente haverá muita gente que prefere nem sair de casa, eu e o J. decidimos celebrar o amor amanhã. Sim, porque já que instituiram mais um dia de marketing agressivo, que mais não é senão uma táctica comercial de consumismo puro e ao desbarato, supostamente para lembrar um sentimento que deveria ser comemorado todos os dias do ano, e já que de há quatro anos para cá, é com ele que atravesso o 14 para 15 de Fevereiro, comemoremo-lo sim, mas trocando as voltas ao calendário e ao energúmeno que inventou este Santo.
Não vamos jantar fora, porque o dinheiro é pouco, e ainda no Domingo fomos. Vamos antes por à prova os meus miolos e ideias mirabolantes. O dia vai começar com pequeno almoço à British. Mas à mesa, não vá a gata juntar-se a nós na cama, e convenhamos, dois é bom mas dois e meio já é um pouco demais. Depois, o J. vai demorar 3 horas a arranjar-se (cá para nós, não sei em que é que ele demora tanto tempo) e nessas 3 horas eu vou ter tempo de me pôr ao piro, e ir ao jardim onde oficializámos a coisa, com um piquenique. Como não lhe vou dizer propriamente onde vou estar, vou deixar-lhe um mapa do tesouro (o tesouro sou eu, claro) com algumas indicações que ele tem de decifrar - aqui vou ter que confiar na massa cinzenta dele, mas receio muito que na pior das hipóteses, o piquenique só aconteça no dia 14, ou na melhor, que o rapaz me ligue tantas vezes para perguntar onde estou que o jogo perca a piada toda.
Depois de termos almoçado só porcarias deliciosas, todas feitas em casa e sem dar dinheiro a restaurantes, o resto do dia fica no segredo dos Deuses (de Eros ou do Cupido, conforme a preferência mitológica), mas com a promessa de haver muito sexo, do bom e do melhor, mas isso já acontece todos os dias.
Dia 14 virá, se nada de contrário surgir, esperemos, e será apenas mais um dia, igual aos outros. Quem disse que as Sextas-feiras 13 são dias de azar?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

[#4 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]


Quase me ia esquecendo da Wishlist...

Alguém um dia prometeu-me uma viagem a Paris... Ora este ano caía que nem ginjas!

Estou chocada...

...e por isso, este post nem foto leva.
Nem sei bem por onde começar. Talvez pelo principio seja uma boa opção.
Ontem recebi um daqueles mails do género "se-tens-alguma-coisa-no-peito-além-da-pedra-a-que-normalmente-chamas-de-coração-reenvia-isto-a-todos-os-teus-contactos", a divulgar os contactos e foto de um pedófilo a circular em Carcavelos. Aposto que todos vocês já leram a notícia ou receberam o mesmo mail, por isso, não vou relatar a história toda. O que eu quero dizer, e isso sim, preciso mesmo, correndo o risco de, não o fazendo, prolongar esta náusea que não me abandona desde ontem, é que eu conheço o filho da puta. Ou melhor, conheci no ano passado, numa viagem de grupo a Taizé, em que o anormal fez parte do meu grupo de trabalho. Ou seja, lavou louça durante 2 horas por dia ao meu lado. E na altura pareceu-me normalíssimo, como afinal todos parecem, e não, não são frases feitas nem pelos media nem por psicólogos. Ele pareceu-me normal! Um bocado banana, um bocado atinadinho, um bocado calado, mas com sorriso sempre pronto para oferecer, características que assumi serem fruto de alguma timidez. Não levantou a voz nem para fazer uma piada sobre os estúpidos dos Malteses que estavam a toda a hora e instante a gozar connosco, Portugueses, e nem precisávamos de perceber aquela língua estranhíssima para perceber. Mas riu-se das minhas tiradas e riu-se deles também. No fim, retirava o chocolate que a responsável pelas cozinhas nos oferecia e com um até amanhã à mesma hora, nos despedíamos. Ao contrário de mim, nunca faltou às responsabilidades. Eu pelo contrário faltei dois dias para ir passear. Mas também não teceu nenhum comentário acerca disso. Acabada a viagem, trocámos e-mails (mais por simpatia, confesso), mas nunca lhe enviei sequer um FWD. Nem ele a mim. Nem MSN nem nada, como acabei por fazer com outras pessoas que conheci lá. E agora o banana do João, que muitas vezes me apeteceu abanar para ver se reagia é um pedófilo? Condenado (a dois anos e meio de pena suspensa.... como é que é possível??)? Sim, disse-me que era de Carcavelos. Sim, também me disse que andava a estudar para professor primário. E sim, os crimes remontam a 2004/2005. E sim, ir a Taizé, além da viagem que é, das pessoas que conheces, das paisagens com que lavas a vista, ir a Taizé é também procurar ajuda espiritual, ou apoio, ou luz, ou aconselhamento, ou nada disso, mas outra coisa qualquer. Ora, no ano que o conheci (Março de 2008) este grande filho da puta já tinha abusado de 10 crianças, que se saiba, fora as que não se sabe. Bem precisava ele de se por a milhas daqui e enfiar-se numa igreja para ver se encontra consolo na monstruosidade que fez. Não sei mais o que dizer.... dá-me a volta ao estômago só de pensar que até tive pena dele, da sua timidez, e tentei pô-lo mais à vontade. Nunca pensei que ele, que me pareceu um banana, me fosse surpreender por ter feito uma grande coisa. Muito menos uma coisa hedionda a este ponto.
Enfim...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

do meu fim-de-semana...


...ficou uma açorda de marisco maravilhosa, mas que foi o suficiente para me deixar horas e horas a rebolar na cama, sem sono. Isto ontem.

No sábado fui ao jantar de anos de um amigo. Um jantar óptimo, com boa companhia e boa comida. E enternece-me ver dois putos de 27 anos a cozinhar caril de gambas e frango de cerveja à moda das nossas avós. Enternece-me mais ainda ao levar o garfo à boca, constatar que o repasto estava tão bom que nem eu faria melhor. E comove-me também reparar que os meus amigos prepararam, inclusivamente, entradas, para o pessoal não morrer de fome antes de provar o manjar. Talvez esteja a ser preconceituosa, até porque há sempre aquela velha máxima de os melhores Chefs serem homens. Mas convenhamos, eu não estou habituada a isto! O meu pai nunca fez mais do que puxar a cadeira e sentar-se à mesa e a única comida que provei, vinda dele, veio do restaurante. E o J. é quase a mesma coisa, com a excepção de saber cozinhar pratos básicos, o suficiente para não morrer de fome. Enfim... Resta-me a certeza de que os tempos andam mesmo a mudar, e a cozinha já não é lugar estranho para o sexo masculino.

Ontem, fomos jantar à tasca aqui ao pé de casa, porque o J. que até é do Sporting, preferia ver o Benfica e o Porto (ou Porto e Benfica, para ser mais correcta). E matei os meus desejos de açorda de marisco. E diverti-me a ver os apoiantes benfiquistas. E ri-me com a ansiedade deles. E deitei um olhinho à televisão pequenina do fundo, e vi o golinho pequenino do meu Sporting. E a seguir o outro. E ouvi pérolas destas: "O Sporting levou mais um! Isto é quase tão bom como se tivesse sido o Benfica a marcar!". E vi um rapaz, no alto dos seus 30 anos, insultar os cabelos brancos de um de 60, para defender o Yebda naquela falta polémica, que afinal não foi falta e ele até tinha razão.

O futebol tira as pessoas do sério. Torna-as em autênticos animais. Leva-as às sensações mais primitivas. Mas é bom ver que ainda assim, há quem ainda tenha alguma noção de respeito. No meio daquela confusão toda (foi falta o caraças, assim é que se vê como é que o Porto ganha campeonatos de há 30 anos para cá, como é que este gajo compromete o resultado assim, parece que é estúpido, que anda a brincar aos futebóis), o de 30 anos que insultava o de 60, teve tempo para lhe dizer: "se não fosse por essa menina atrás de ti, eu dizia-te como era!". Não respeitou a idade dele, mas respeitou a minha condição de género. Por esta é que eu não esperava.

A caminho de casa, observo o ar circunspecto do J. "Deixa lá, amor, o Sporting perdeu mas ainda há mais jogos para jogar.", "O Benfica merecia ganhar, aqueles #$%&%$# do Porto..."

E eu que ainda há bocado disse que o J. gostava mais do Sporting do que mim... Isto de trabalhar na Benfica TV anda a dar-lhe a volta ao miolo. Qualquer dia, chega-me a casa com uma cheerleader do Benfica...

Mas a açorda é que estava mesmo boa.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

[#3 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]



Eu ainda não tinha pedido sapatos, pois não? Desta vez, optei por uns beeeeeeeem confortáveis, de uma linha da Melissa para andar no dia-a-dia, com uma cor que dá com (quase) tudo, embora se vier noutra cor, não faz mal nenhum, a gente amanha-se. O problema é que como as nossas estações andam trocadas com as do Brásiu, não sei bem se há-de haver disto nas lojas. Pontos extra na minha consideração se encontrarem!

Road Trip


Estou cheia de trabalho.

Por um lado, tenho o documentário quase parado, o que não é bom sinal e ainda me vou arrepender disso. Tenho coisas para estudar. Tenho documentos para analisar. Tenho entrevistas para marcar. Tenho encomendas para acabar. Tenho que enviar mais 746459303 CVs nas próximas 72 horas. Enfim...

E depois disto, vem o meu irmão pedir-me ajuda para um trabalho da faculdade. E eu? Claro que sim! Bateste à porta certa. Porque eu sou incapaz de dizer não, porque tenho um coração amanteigado e porque... é o meu irmão, porra!

[a foto é dele, faz parte do projecto. ainda não preciso de ir comprar Xanax (mas só porque ainda tenho uma gaveta cheia).]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

[#1 - Perguntas sem resposta]


Alguém me explica, por palavras simples, como se eu fosse muito, muito burra, porque é que quanto mais coisas tenho para fazer, menos me apetece fazer seja o que for?

[#2 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]


Continuando a minha lista de desejos para o meu aniversário (mas se algum deles quiser vir sem aviso nem data programada, é muito bem vindo, que eu não sou nada mal educada), esta maquineta ficava a matar na minha mão. Não vou iludir ninguém, querendo parecer que sou uma expert na matéria, mas posso ao menos desejar um dia vir a ser, ou não? É pensando nisso, e na velha máxima de que "o saber nunca ocupa lugar", que ficaria deveras deliciada com uma prenda destas a 30 de Março. Está apontadinho? Sim? Óptimo!

Acordo (h)ortografico


Só para dizer que ali não me apanham...
Só por ver a palavra correcto amputada de c, deu-me uma vontadinha incontrolável de ir à casa de banho vomitar.
Com licença...

Acidentes acontecem


Já aqui referi o meu amor eterno por sapatos. Mas não falei do inimigo público nº 1 dos sapatos: cocó de cão (e digo cocó para não dizer merda, que é mesmo o que me apetece...). Pois é. E eu sou aquele tipo de pessoa que passa ou por taciturna e pessimista, porque caminha sempre (e é que é mesmo sempre) com olhos colados no chão, ou por antipática, por passar por alguém que conheço e não cumprimentar. Mas meus amigos, eu estou só a tentar ultrapassar o desafio hercúleo de andar relativamente depressa, para não empatar ninguém, em cima de uns saltos a dar para o alto, e evitar, ao mesmo tempo, as prendas cheirosas que os donos dos cães (a estes descarto as culpas todas) deixam ao incauto cidadão.
Isto lembra-me a expressão descabida que um dia alguém inventou que pisar merda de cão dá sorte. Uma sorte do caraças, não haja dúvida, ter pressa para chegar a algum lado, pisar aquilo, passar pela vergonha de cheirar mal ao pé de outras pessoas que nem nos conhecem, e ainda andar a raspar o pezinho, no passeio, sob risco de estragar o sapato tão giro que custou tantos euros quantos aqueles que davam para encher uma despensa por uma semana. Haja sorte, não? Tenho a impressão de que essa pessoa, das duas, uma: ou pisava merda tantas vezes quanto eu e tentou ver um lado positivo nisso, ou então tem os valores completamente trocados. Pisar merda é azar, ou eu a esta hora teria ganho 4 jackpots do Euromilhões, mesmo sem jogar.
Isto diz-nos muito acerca das pessoas, vulgo, do simpático e porcalhão português. Senão vejamos: adoram ter animais, que queridos que são e tal, mas só até lhes ocorrer que afinal vão atrapalhar um bocadinho nas férias, e bute de os abandonar ou coisa pior, que eu nem quero traduzir em palavras. E quando não são do tipo que passa férias no estrangeiro, essas férias que demoram 12 meses a pagar, simplesmente por não terem conhecimento do que é um cartão de crédito, são o típico tuga que passeia o au-au, e deixa provas do crime, devidamente assinaladas nos passeios. Acho que deveriam todos passar férias em Singapura (também dá para pagar com o cartão) e ver como é que elas cantam por lá.
Grrr....
Concluíndo... Acabei de pisar, outra vez, uma poia canina.