sábado, 28 de fevereiro de 2009

O porquê de ser humanamente impossível confiarmos nos homens *

O meu irmão foi ao Rio. O de Janeiro, esse mesmo. O meu irmão, que aos 4 anos mascarou-se de palhaço e não gostou da fatiota, tendo como resultado meia dúzia de fotos com a fronha (cara, entenda-se) cheia de lágrimas, foi ao Rio. O meu irmão que não gostava nem um bocadinho de Carnaval, foi ao sambódromo dançar e ver dançar.

Antes que pensem que estou verde de inveja, tenho a dizer que não, pelo contrário. Fiquei muito feliz com esta oportunidade vinda do céu e sem ninguém esperar, de ter quem me trouxesse umas Melissas da nova colecção, que se, SE, vier para Portugal, só para o ano e a preços que, valha-me N. S. dos Sapatos de Plástico, não abonam muito a favor. Como só me deu a epifânia já o menino dançava no calçadão de Copacabana, enviei-lhe um mail extremamente detalhado de quais os modelos que gostaria que ele me trouxesse (dei-lhe liberdade para escolher um ou mais) e com fotos a ilustrar e que passo a partilhar convosco:
Esta:
Esta aqui:
Ainda esta:
E finalmente esta, que está na minha whislist de sempre:



Ora bem, tal como podem vocês observar, não só deixo cores como o número do meu pezinho delicado. Tive o cuidado de transpor a numeração europeia para a congénere brasileira, não fosse o meu maninho trazer-me um modelo enorme. Mas a coisa correu mal desde o início. Disse-me o mano que a colecção nova só estará nas lojas em Março. Eu não poderia ter uma "sorte" mais cabra. Março é amanhã. Podiam abrir a excepção aqui à je. Tive que engolir em seco, procurar outros modelos e mandar novas fotos, devidamente legendadas e esperar com o coração aos pulos, pelo meu pedido.
Sabendo que o diabrete está cá desde 5ª feira e não me diz "água vai, água vem", tento com todos os recursos de esforço que há no mercado, controlar a curiosidade, a ansiedade de saber se mas trouxe ou não. Hoje não aguentei. Encontrei-o no MSN (é fofinho os manos falarem-se via MSN em vez de se encontrarem pessoalmente, não é?) e encostei-o à parede do ecran. Trouxeste? Népia. Disfarço a raiva com um, ooh, está bem, e só me apetece é ganir. Do outro lado recebo um "ahah!". E as esperanças voltam ao de cima num turbilhão de emoções (agora com a curiosidade a comandar as hostes). Qual é? Isso agora..., responde. Eu, na minha ingenuidade, penso que o meu irmão não deverá saber de cor os nomes dos modelos. Mais uma vez, está a gozar comigo, porque quando lhe pergunto a cor, dá-me resposta igual.
De repente pergunta-me: Qual é o teu número europeu? E eu, 37 mas em Melissa 38 senão magoam-me. Do outro lado: Fod*-se! Comprei 37. Não me lembrava do teu número.
Conclusão: Era só o que faltava agora, depois disto tudo, ter umas Melissas giríssimas que não me servem por um pentelhésimo. Com licença, que eu vou ali limar os dedos dos pés e já volto.

* Ou a frustração desmedida por ter
assinalado em tudo o que era sítio o
número do pé da princesa, e mesmo assim,
o estupor ter conseguido falhar...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ode à minha gata


Há uns meses, nunca pensei dizer que estou apaixonada. Nunca gostei muito de gatos, preferia os cães, embora nunca tenha tido nenhum. Os meus pais sempre foram contra a ideia de manter num apartamento, ainda que não muito pequeno, um animal de quatro patas, que precisava de correr e de brincar, para se desenvolver convenientemente. Mas gatos, não. Nunca. Sempre achei que fossem bichos traiçoeiros, que não interagiam com os donos, donos supremos de uma independência maior que o tamanho deles.

Mas isso era dantes, quando ainda não conhecia a Bruma. Apaixonei-me pelo seu olhar doce, mas triste, que adivinhava uma vida difícil para o seu meio quilo de peso. Abandonada pela mãe, livrou-se de uma morte certa, quando foi descoberta por uma pessoa maravilhosa que tenho a sorte de ter por amiga, que conheci, quando resolvi adoptá-la. Estava doente, mas foi tratada convenientemente. Lembro-me da tarde em que fui a casa da R. conhecer o meu bebé. Arrastei o J. que tinha uma posição ambivalente (também nunca achara muita piada a gatos) e ficámos rendidos. Duas semanas depois, estava já a correr e a saltar no nosso tímido T1 e posso afiançar, estava feliz.
A Bruminha é uma gata que conquista toda a gente, até os meus pais, que sempre foram contra. Brinca com tudo e com todos, morde como quem dá beijinhos, faz sprints fantásticos, que envergonhariam qualquer altleta olímpico e à noite, dorme aos meus pés, ou nas pernas, ou na barriga. Mas dorme sempre comigo. Tem uma personalidade forte, fica amuada se não tem atenção e verdade, verdadinha, só lhe falta falar. Já me lambeu as lágrimas para me consolar e já tentou proteger-me de algum pesadelo.
E vê-la crescer? Todos os dias é um novo dia, cheio de aprendizagem, sempre capaz de nos surpreender, de nos colocar um sorriso na cara. Já me partiu coisas que eu adorava - que raiva! - e hoje em dia, sei que não posso ter tudo aquilo que gostaria à mão, porque muito provavelmente será roído. Deixou a árvore de Natal ao chão várias vezes, mas a irritação passou-me. Tenho despesas ao fim do mês que não tinha - a comida é da melhor que há - e vejo-me agora a passear nos corredores dos animais, no supermercado, à procura de um brinquedo para ela.
Ir ao veterinário é um suplício para mim e tenho a certeza de que me dói muito mais, do que a ela. Recentemente esteve com o cio, mas vai ser esterilizada.

Agora que escrevo este post, vejo-a a dormir no sofá, aninhada entre a manta e uma almofada. Ouço-a a respirar e sorrio. Estou sozinha em casa e não poderia ter melhor companhia.
Hoje percebo todas as minhas amigas, a quem um dia apelidei para comigo de fanáticas. É um facto. Estou apaixonada pela minha gata.
Se há coisa que me irrita, que me tira do sério, que me põe com vontade de dar um estalo a alguém que eu até sei exactamente quem, é o Jornal da Noite de 6ª Feira, apresentado pela Manela Boca Guedes. Que raio é isto, meu Deus? Alguma coisa há-de ser, menos jornalismo, com certeza.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Do meu Carnaval...

...restou a maquilhagem que não tirei da cara antes de ir dormir (crime!) e umas quantas fotos que vou usar quando precisar de coagir umas certas pessoas (infelizmente a decência e o bom senso impedem-me de deixar aqui alguns desses registos).
Não fui para a Comuna coisíssima nenhuma. Fomos jantar a casa do X., que é a modos que, o headquarters do bando, nas horas que antecedem uma saída. Meia dúzia de mascarados, uns melhores, outros piores, minutos de contemplação - de auto-contemplação, entenda-se - copinho ou cerveja na mão e o género masculino refastelado no sofá a jogar PES. Basicamente, uma noite igual a tantas outras, com a única diferença de o fazerem com indumentárias que não trajariam em ocasiões normais. Jantar, mais mascarados, mais copos e os joguinhos do costume - os tais do género, perdes-bebes. O meu J. que agora que é um homem "casado", deixou-se das doideiras de antigamente e a verdade, meus caros, é que já não aguenta o álcool como dantes. Pena. É uma pena, sim senhor, ou não haveria tanta foto a documentar o comportamento animal do meu amorzinho.
Por volta da 1h30, depois de tentarmos arrastar os resistentes jogadores do "perdes-bebes", fomos para o Teatro da Comuna. Para nosso espanto e meu contentamento, não havia filas nenhumas. Eu e os meus pés quase chorámos de alegria. Quando alguém iluminado resolve sair-se com esta: "se não há filas é sinal que isto aqui está uma grande merda!". Excuse me? Não percebi, caríssimo. Então quando chegamos cá das outras vezes e há uma fila tão grande que chega à Av de Berna és o primeiro a dizer: "isto com esta fila está uma grande merda", e agora que o povo resolveu entrar todo antes de nós para nos poupar a dureza da espera, tu queres ir embora?
Vai uma conversação de meia hora, para discutir as alternativas. (E a je a segurar o namorado bêbado, que só tinha vontade de dar tiros com a minha espingarda, além de me tirar o chapéu 200 mil vezes.) Fábrica de Braço de Prata? (E a je a segurar o namorado bêbado que se divertia em expelir aquele arzinho aromatizado a taberna para a cara.) Torres? Torres?! A esta hora? (E a je a segurar o namorado bêbado que resolvera enfiar os dedinhos nos meus ouvidos.)
Hoje sei que a alternativa foi o Lux. Não fomos. O J. adormeceu profundamente depois de ter ido andar de escorrega no parque infantil aqui perto de casa e depois de ter mijado o chão da casa de banho (não acertou o alvo, diz-me ele. Sacana!).
Hoje de manhã já era outro dia. Felizmente.

The Visitor


Hoje foi dia de ir ao cinema, que já não fazia há uns dias. Desta feita, escolhemos este.

Só tenho uma coisa a dizer: há muito que não via um filme com uma história de amor e devoção ao outro tão grande, que chega a meter raiva o facto de ser praticamente impossível controlar a lagrimita.
Recomendo. Vivamente. Mas mudava o fim.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cara lavada

Depois de várias tentativas, lavei a cara ao blog e agora sim, posso dizer: está mesmo a minha cara!
Agora, vou sair de fininho, vestir a roupa de cowgirl e buga para a Comuna com o pessoal.
Divirtam-se todos e ... Bom Carnaval!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Hoje só tenho uma coisa a dizer:

AH GANDA SPOOOORTING!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

[#5 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]




Bem, continuando a listinha de coisas que eu gostaria assim muuuuuito de receber no dia do meu aniversário, ponho aqui dois itens que fariam a je muito muito feliz. Um era o notebook da LG cor de rosinha. Para levar para todo o lado, para escrever as 847850589536743 coisas que tenho para escrever, para estudar, enfim... Para tanta coisa! E um Disco Externo a condizer também caía bem.
Quem disse que as mulheres não gostavam de gadgets cor-de-rosa não me conhecia.

Actualidade

Faz-me assim uma comichão pequenina mas irritante, num sítio que vocês não vão querer saber, o facto de esta sociedade pseudo-moralista em que vivemos, ser tão hipócrita, tão hipócrita, que por ter a mania de se meter na felicidade dos outros, recorre a referendos que não vão mudar absolutamente nada. Foi assim que me senti ao ver o Prós e Contras. Com uma comichaozinha. Que passou rapidamente a comichão do tamanho do mundo, quando ouvi na assistência, alguém sem microfone referir-se aos homossexuais como anormais. Anormal é a maezinha dele, que não soube dar-lhe educação nenhuma. E o que mais me choca é ter quase a certeza de que essa pérola foi vomitada por um anormal da minha geração.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta-feira 13



O meu dia dos namorados, que eu queria tanto gozar hoje, só para ser do contra, começou da "melhor" maneira possível, à boa maneira de Sexta feira 13: esta beleza que vocês vêem aqui, está com o cio. Começou a contorcer-se ontem à noite e a arrastar-se pelo chão, e o meu coração de dona disparou: a gata está doente, só pode. E só pode ser pelo pão de leite INTEIRO que a desgraçada resolveu comer nas minhas costas. Vai de fazer-lhe uma massagem na barriga, que não sabia sequer se faria efeito e os espasmos continuavam. Corremos para a net, procurámos veterinário aqui perto de casa, e demos com uma Drª Vanessa que além de ser uma simpatia, conseguiu fazer o diagnóstico por telefone: Cio.
A minha gata já não é uma menina, é uma mulher, e da maneira como se pôs virada, o J. ainda disse: Ela gosta é de canzana. Idiota. Estúpido. Parvalhão.
Nunca tal me passou pela cabeça. Não miou, nem mia de maneira diferente, tal como li algures, e só se mostrou um bocadinho mais agressiva do que já era: a minha gata tem a mania peculiar de brincar à dentada e às vezes magoa.
O que é certo é que o dia começou no consultório da Drª Vanessa. E vai de dar 40 euros para a coisa. Vacina, desparasitante, consulta e promessa de visita breve.
Certo é que tenho uma coisa aqui dentro que não sei explicar. A gata já não é gatinha. O saco da comida da Purina vai ter cor diferente brevemente. E tudo indica que já não tenho bebé em casa. Ou melhor, tenho, mas esse tem pelos e faz a barba todos os dias. Acho que é isto que as mães sentem quando os filhos lhes dizem que têm namorada. Sentem que estão a crescer. E não é uma sensação muito agradável, não senhor.
Quanto ao dia dos namorados, passou para amanhã. Tal como deveria ser.
Sinto-me contrariada...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estou com uma dúvida...

...acerca do João Malheiro.
Como é que é possível alguém comentar tão bem o que quer que seja relativamente ao Benfica e conseguir comentar tão bem o vestido que a Lili Caneças levou à última festa?

Dias de Calendário


Amanhã é Sexta-feira, dia 13. Véspera do dia dos namorados. E como é um dia em que supostamente haverá muita gente que prefere nem sair de casa, eu e o J. decidimos celebrar o amor amanhã. Sim, porque já que instituiram mais um dia de marketing agressivo, que mais não é senão uma táctica comercial de consumismo puro e ao desbarato, supostamente para lembrar um sentimento que deveria ser comemorado todos os dias do ano, e já que de há quatro anos para cá, é com ele que atravesso o 14 para 15 de Fevereiro, comemoremo-lo sim, mas trocando as voltas ao calendário e ao energúmeno que inventou este Santo.
Não vamos jantar fora, porque o dinheiro é pouco, e ainda no Domingo fomos. Vamos antes por à prova os meus miolos e ideias mirabolantes. O dia vai começar com pequeno almoço à British. Mas à mesa, não vá a gata juntar-se a nós na cama, e convenhamos, dois é bom mas dois e meio já é um pouco demais. Depois, o J. vai demorar 3 horas a arranjar-se (cá para nós, não sei em que é que ele demora tanto tempo) e nessas 3 horas eu vou ter tempo de me pôr ao piro, e ir ao jardim onde oficializámos a coisa, com um piquenique. Como não lhe vou dizer propriamente onde vou estar, vou deixar-lhe um mapa do tesouro (o tesouro sou eu, claro) com algumas indicações que ele tem de decifrar - aqui vou ter que confiar na massa cinzenta dele, mas receio muito que na pior das hipóteses, o piquenique só aconteça no dia 14, ou na melhor, que o rapaz me ligue tantas vezes para perguntar onde estou que o jogo perca a piada toda.
Depois de termos almoçado só porcarias deliciosas, todas feitas em casa e sem dar dinheiro a restaurantes, o resto do dia fica no segredo dos Deuses (de Eros ou do Cupido, conforme a preferência mitológica), mas com a promessa de haver muito sexo, do bom e do melhor, mas isso já acontece todos os dias.
Dia 14 virá, se nada de contrário surgir, esperemos, e será apenas mais um dia, igual aos outros. Quem disse que as Sextas-feiras 13 são dias de azar?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

[#4 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]


Quase me ia esquecendo da Wishlist...

Alguém um dia prometeu-me uma viagem a Paris... Ora este ano caía que nem ginjas!

Estou chocada...

...e por isso, este post nem foto leva.
Nem sei bem por onde começar. Talvez pelo principio seja uma boa opção.
Ontem recebi um daqueles mails do género "se-tens-alguma-coisa-no-peito-além-da-pedra-a-que-normalmente-chamas-de-coração-reenvia-isto-a-todos-os-teus-contactos", a divulgar os contactos e foto de um pedófilo a circular em Carcavelos. Aposto que todos vocês já leram a notícia ou receberam o mesmo mail, por isso, não vou relatar a história toda. O que eu quero dizer, e isso sim, preciso mesmo, correndo o risco de, não o fazendo, prolongar esta náusea que não me abandona desde ontem, é que eu conheço o filho da puta. Ou melhor, conheci no ano passado, numa viagem de grupo a Taizé, em que o anormal fez parte do meu grupo de trabalho. Ou seja, lavou louça durante 2 horas por dia ao meu lado. E na altura pareceu-me normalíssimo, como afinal todos parecem, e não, não são frases feitas nem pelos media nem por psicólogos. Ele pareceu-me normal! Um bocado banana, um bocado atinadinho, um bocado calado, mas com sorriso sempre pronto para oferecer, características que assumi serem fruto de alguma timidez. Não levantou a voz nem para fazer uma piada sobre os estúpidos dos Malteses que estavam a toda a hora e instante a gozar connosco, Portugueses, e nem precisávamos de perceber aquela língua estranhíssima para perceber. Mas riu-se das minhas tiradas e riu-se deles também. No fim, retirava o chocolate que a responsável pelas cozinhas nos oferecia e com um até amanhã à mesma hora, nos despedíamos. Ao contrário de mim, nunca faltou às responsabilidades. Eu pelo contrário faltei dois dias para ir passear. Mas também não teceu nenhum comentário acerca disso. Acabada a viagem, trocámos e-mails (mais por simpatia, confesso), mas nunca lhe enviei sequer um FWD. Nem ele a mim. Nem MSN nem nada, como acabei por fazer com outras pessoas que conheci lá. E agora o banana do João, que muitas vezes me apeteceu abanar para ver se reagia é um pedófilo? Condenado (a dois anos e meio de pena suspensa.... como é que é possível??)? Sim, disse-me que era de Carcavelos. Sim, também me disse que andava a estudar para professor primário. E sim, os crimes remontam a 2004/2005. E sim, ir a Taizé, além da viagem que é, das pessoas que conheces, das paisagens com que lavas a vista, ir a Taizé é também procurar ajuda espiritual, ou apoio, ou luz, ou aconselhamento, ou nada disso, mas outra coisa qualquer. Ora, no ano que o conheci (Março de 2008) este grande filho da puta já tinha abusado de 10 crianças, que se saiba, fora as que não se sabe. Bem precisava ele de se por a milhas daqui e enfiar-se numa igreja para ver se encontra consolo na monstruosidade que fez. Não sei mais o que dizer.... dá-me a volta ao estômago só de pensar que até tive pena dele, da sua timidez, e tentei pô-lo mais à vontade. Nunca pensei que ele, que me pareceu um banana, me fosse surpreender por ter feito uma grande coisa. Muito menos uma coisa hedionda a este ponto.
Enfim...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

do meu fim-de-semana...


...ficou uma açorda de marisco maravilhosa, mas que foi o suficiente para me deixar horas e horas a rebolar na cama, sem sono. Isto ontem.

No sábado fui ao jantar de anos de um amigo. Um jantar óptimo, com boa companhia e boa comida. E enternece-me ver dois putos de 27 anos a cozinhar caril de gambas e frango de cerveja à moda das nossas avós. Enternece-me mais ainda ao levar o garfo à boca, constatar que o repasto estava tão bom que nem eu faria melhor. E comove-me também reparar que os meus amigos prepararam, inclusivamente, entradas, para o pessoal não morrer de fome antes de provar o manjar. Talvez esteja a ser preconceituosa, até porque há sempre aquela velha máxima de os melhores Chefs serem homens. Mas convenhamos, eu não estou habituada a isto! O meu pai nunca fez mais do que puxar a cadeira e sentar-se à mesa e a única comida que provei, vinda dele, veio do restaurante. E o J. é quase a mesma coisa, com a excepção de saber cozinhar pratos básicos, o suficiente para não morrer de fome. Enfim... Resta-me a certeza de que os tempos andam mesmo a mudar, e a cozinha já não é lugar estranho para o sexo masculino.

Ontem, fomos jantar à tasca aqui ao pé de casa, porque o J. que até é do Sporting, preferia ver o Benfica e o Porto (ou Porto e Benfica, para ser mais correcta). E matei os meus desejos de açorda de marisco. E diverti-me a ver os apoiantes benfiquistas. E ri-me com a ansiedade deles. E deitei um olhinho à televisão pequenina do fundo, e vi o golinho pequenino do meu Sporting. E a seguir o outro. E ouvi pérolas destas: "O Sporting levou mais um! Isto é quase tão bom como se tivesse sido o Benfica a marcar!". E vi um rapaz, no alto dos seus 30 anos, insultar os cabelos brancos de um de 60, para defender o Yebda naquela falta polémica, que afinal não foi falta e ele até tinha razão.

O futebol tira as pessoas do sério. Torna-as em autênticos animais. Leva-as às sensações mais primitivas. Mas é bom ver que ainda assim, há quem ainda tenha alguma noção de respeito. No meio daquela confusão toda (foi falta o caraças, assim é que se vê como é que o Porto ganha campeonatos de há 30 anos para cá, como é que este gajo compromete o resultado assim, parece que é estúpido, que anda a brincar aos futebóis), o de 30 anos que insultava o de 60, teve tempo para lhe dizer: "se não fosse por essa menina atrás de ti, eu dizia-te como era!". Não respeitou a idade dele, mas respeitou a minha condição de género. Por esta é que eu não esperava.

A caminho de casa, observo o ar circunspecto do J. "Deixa lá, amor, o Sporting perdeu mas ainda há mais jogos para jogar.", "O Benfica merecia ganhar, aqueles #$%&%$# do Porto..."

E eu que ainda há bocado disse que o J. gostava mais do Sporting do que mim... Isto de trabalhar na Benfica TV anda a dar-lhe a volta ao miolo. Qualquer dia, chega-me a casa com uma cheerleader do Benfica...

Mas a açorda é que estava mesmo boa.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

[#3 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]



Eu ainda não tinha pedido sapatos, pois não? Desta vez, optei por uns beeeeeeeem confortáveis, de uma linha da Melissa para andar no dia-a-dia, com uma cor que dá com (quase) tudo, embora se vier noutra cor, não faz mal nenhum, a gente amanha-se. O problema é que como as nossas estações andam trocadas com as do Brásiu, não sei bem se há-de haver disto nas lojas. Pontos extra na minha consideração se encontrarem!

Road Trip


Estou cheia de trabalho.

Por um lado, tenho o documentário quase parado, o que não é bom sinal e ainda me vou arrepender disso. Tenho coisas para estudar. Tenho documentos para analisar. Tenho entrevistas para marcar. Tenho encomendas para acabar. Tenho que enviar mais 746459303 CVs nas próximas 72 horas. Enfim...

E depois disto, vem o meu irmão pedir-me ajuda para um trabalho da faculdade. E eu? Claro que sim! Bateste à porta certa. Porque eu sou incapaz de dizer não, porque tenho um coração amanteigado e porque... é o meu irmão, porra!

[a foto é dele, faz parte do projecto. ainda não preciso de ir comprar Xanax (mas só porque ainda tenho uma gaveta cheia).]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

[#1 - Perguntas sem resposta]


Alguém me explica, por palavras simples, como se eu fosse muito, muito burra, porque é que quanto mais coisas tenho para fazer, menos me apetece fazer seja o que for?

[#2 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]


Continuando a minha lista de desejos para o meu aniversário (mas se algum deles quiser vir sem aviso nem data programada, é muito bem vindo, que eu não sou nada mal educada), esta maquineta ficava a matar na minha mão. Não vou iludir ninguém, querendo parecer que sou uma expert na matéria, mas posso ao menos desejar um dia vir a ser, ou não? É pensando nisso, e na velha máxima de que "o saber nunca ocupa lugar", que ficaria deveras deliciada com uma prenda destas a 30 de Março. Está apontadinho? Sim? Óptimo!

Acordo (h)ortografico


Só para dizer que ali não me apanham...
Só por ver a palavra correcto amputada de c, deu-me uma vontadinha incontrolável de ir à casa de banho vomitar.
Com licença...

Acidentes acontecem


Já aqui referi o meu amor eterno por sapatos. Mas não falei do inimigo público nº 1 dos sapatos: cocó de cão (e digo cocó para não dizer merda, que é mesmo o que me apetece...). Pois é. E eu sou aquele tipo de pessoa que passa ou por taciturna e pessimista, porque caminha sempre (e é que é mesmo sempre) com olhos colados no chão, ou por antipática, por passar por alguém que conheço e não cumprimentar. Mas meus amigos, eu estou só a tentar ultrapassar o desafio hercúleo de andar relativamente depressa, para não empatar ninguém, em cima de uns saltos a dar para o alto, e evitar, ao mesmo tempo, as prendas cheirosas que os donos dos cães (a estes descarto as culpas todas) deixam ao incauto cidadão.
Isto lembra-me a expressão descabida que um dia alguém inventou que pisar merda de cão dá sorte. Uma sorte do caraças, não haja dúvida, ter pressa para chegar a algum lado, pisar aquilo, passar pela vergonha de cheirar mal ao pé de outras pessoas que nem nos conhecem, e ainda andar a raspar o pezinho, no passeio, sob risco de estragar o sapato tão giro que custou tantos euros quantos aqueles que davam para encher uma despensa por uma semana. Haja sorte, não? Tenho a impressão de que essa pessoa, das duas, uma: ou pisava merda tantas vezes quanto eu e tentou ver um lado positivo nisso, ou então tem os valores completamente trocados. Pisar merda é azar, ou eu a esta hora teria ganho 4 jackpots do Euromilhões, mesmo sem jogar.
Isto diz-nos muito acerca das pessoas, vulgo, do simpático e porcalhão português. Senão vejamos: adoram ter animais, que queridos que são e tal, mas só até lhes ocorrer que afinal vão atrapalhar um bocadinho nas férias, e bute de os abandonar ou coisa pior, que eu nem quero traduzir em palavras. E quando não são do tipo que passa férias no estrangeiro, essas férias que demoram 12 meses a pagar, simplesmente por não terem conhecimento do que é um cartão de crédito, são o típico tuga que passeia o au-au, e deixa provas do crime, devidamente assinaladas nos passeios. Acho que deveriam todos passar férias em Singapura (também dá para pagar com o cartão) e ver como é que elas cantam por lá.
Grrr....
Concluíndo... Acabei de pisar, outra vez, uma poia canina.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dos futebóis...


O que é que consegue ser ainda PIOR quanto haver jogo de futebol na televisão a meio da semana?










....Exactamente! Dar outro jogo logo a seguir.


[Vá lá que pelo menos o meu Sporting ganhou.]

I've been tagged

I've been tagged: escrever 16 coisinhas sobre mim. O problema é escrever 16 coisas, tantas coisas ou só 16 coisas, e como estabelecer prioridades para chegar apenas a 16 coisas. Vamos tentar...

1 - Laura, 24 anos, quase 25, nascida e criada na Madeira, e a viver em Lisboa por tempo indefinido, que poderá até dizer-se, para sempre. Já dizia o outro: Nós somos de onde nos sentimos bem, e é aqui que me sinto bem.


2 - Estudei Psicologia Social e das Organizações, coisa que fiz até ao fim, como que se de um súplicio se tratasse. A minha paixão sempre foi de encontro com artes, e o Design é a minha paixão.

3 - Sonho um dia poder ter um espaço comercial onde possa incluir o meu atelier de trabalho, loja, com trabalhos de autor, e sala de chá. E vou conseguir, disso tenho a certeza. Sonho também escrever um livro.


4 - Vivo com o meu namorado há quase um ano e há uns meses a "família" cresceu, quando adoptámos a gata mais linda do mundo, a Bruma. A partir daí, despertou em mim um amor por gatos que eu nunca pensei que tinha.


5 - Tenho grandes dificuldades em ser organizada. Tenho sempre tudo tão desarrumado que até chego a ter vergonha, mas a verdade é que sei sempre onde tenho tudo o que preciso. [estou a reler este texto antes de publicar, e apercebo-me que este ponto, tendo em consideração a perfeita aleatoriedade e desordem com que vou escrevendo as "coisas" sobre mim, não poderia estar mais correcto]


6 - Tenho uma paixão assolapada, assim a dar para o gigante, avassaladora, por sapatos e por chapéus. Segundo o que me conta a minha mãe, já desde o berço que sou assim, por isso, nada a fazer. Já me resignei.


7 - Adoro ler. Sou capaz de ler um ou dois livros por dia, se tiver tempo para isso. Na verdade, não posso passar um dia que seja sem ler, correndo o risco de ser atacada por uma alivrite aguda, que poderia mandar-me para umas férias forçadas no Miguel Bombarda, durante uma semana.


8 - Acalento o sonho de fazer voluntariado por um ano ou dois num país sub-desenvolvido (pelo andar da carruagem, Portugal será brevemente considerado um, pelo que posso fazer o trabalho "em casa").


9 - Sou uma pessoa de paixões. Não saberia ser eu, se fosse diferente. Gosto de gostar, gosto de mergulhar, de me dar de corpo e alma por algo, por alguém, por uma causa. Mas tenho o terrível defeito de, por vezes, me desapaixonar depressa.


10 - Considero-me uma pessoa aberta, liberal, com ideias arejadas, mas ao mesmo tempo tenho de admitir que sou extremamente tradicional em certas coisas. Por exemplo, tenho a necessidade de me casar um dia, e de o fazer numa igreja, rodeada por todos aqueles que me são queridos.


11 - Gosto de escrever cartas. Ainda escrevo cartas, principalmente ao meu namorado. Gosto do cheiro do papel, do cheiro da tinta, gosto do toque pessoal que uma carta traz.


12 - Se há coisas que me tiram do sério, mas do sério mesmo, levando-me muitas vezes a escrever para jornais e televisão, é ver erros ortográficos e gramaticais. E faz-me uma confusão do tamanho do mundo, ver os "profissionais" das letras, serem os primeiros a dar o (mau) exemplo.


13 - Ando sempre com a casa às costas e posso dizer que a minha é um ser em constante mutação. Tenho a mania da decoração e acho sempre que há mais qualquer coisa que posso fazer para tornar o meu espaço mais aconchegante. E adoro saber que cada cantinho tem o meu toque e o meu dedo, já que faço muita coisa para completar o ambiente.


14 - Comecei o ano novo da melhor maneira: deixei de fumar de um dia para o outro e sem ansiedades, já não quero, não me apetece, não quero saber, e... como afinal o ar cheira tão bem!


15 - Acredito nas forças da Natureza, nas energias do mundo, acredito na ideia de destino, mas sem a fatalidade que daí poderá advir, acredito que "o que tem de ser, tem muita, muita força", e sobretudo, acredito na lei do retorno.


16 - Já chorei por amor, já dei a mão a um desconhecido, já virei as costas a algo importante, já tomei banhos de chuva como se fossem banhos de sol, já escrevi cartas de amor platónico (só de pensar nisso, sorrio por dentro), já cantei no banho em altos berros, fui apanhada e morri de vergonha, já abracei quando precisava de ser abraçada, e ouvi quando precisava de ser ouvida, e hoje posso dizer, com todas as letras que não preciso de muito mais para ser feliz. Na verdade, é nisso que tudo isto se resume: em 16 coisas sobre mim, posso dizer que sou FELIZ.

[#1 - Comecem a preparar os foguetes... e os trocos!]


Poucas pessoas, para além da minha querida mãezinha que ainda deve ser pior que eu, gostam de comemorar o aniversário. Poucas pessoas, a partir de uma certa idade, já que tenho a certeza absoluta de que o ano civil das crianças é regido por duas datas importantes: Natal e anos.

Mas dizia eu que adoro fazer anos. Ainda pensei que depois de passar os 20, esta coisa me passaria, mas não. Acentuou-se. Depois tive a certeza de que ao completar o primeiro quartel de vida, ficaria angustiada. Enganei-me re-don-da-men-te. Faltam pouco menos de dois meses para a efeméride e eu já ando a fazer wishlists. Vai daí que, aproveitando o blog, que também serve para estas coisas, diariamente deixarei a pista de uma prenda com que gostaria ser agraciada. Pensando melhor, uma pista não deve ser muito boa ideia, porque posso apanhar-vos distraídos, e é melhor dizer com as palavrinhas todas aquilo que quero.
Quero uma NESPRESSO! Pode até vir sem o George, desde que tire cafés decentes, fico feliz e contente! E também não há necessidade de ter lantejoulas e brilhantes como esta aqui em cima. Pode ser bem simples. Pode ser pequenina. Pode ser a mais barata. Mas que seja uma Nespresso.
Vá lá...
Please....
Olhem que eu até me portei bem...
Sim? Sim? Pode ser?
25 anos só se faz uma vez na vida!

Resquícios de um Domingo de chuva




Do fim-de-semana passado, destaco uma ida ao cinema com o meu love. Inicialmente eu queria rever este filme, que ando a "vender" agressiva e descaradamente ao J., mas como o cinema acabou por nos trocar as voltas, optámos por este, que à partida, com tanta nomeação para os Oscares, tinha a obrigação de ser bom.

E pronto. Foi bonitinho. É um filme bem feitinho. Tem uma fotografia cuidada. Muito cuidada. Se calhar até cuidada demais, mas eu não quero parecer mazinha. E tem uma história de amor... bonitinha. Concluíndo... fiquei decepcionada. Pensei que fosse ver uma obra-prima. Afinal, vi um filme bonzinho.

Descobri!



É num avião, a abarrotar de gente, assim que aterra e os reactores estão "devidamente desligados" que me apercebo que a família Nokia é simplesmente... Gigante. Ainda bem que prendas, só as ofereço aos mais chegados. Ufa!

Espera-se!